segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Ministério Público investiga flanelinhas na Amaral Peixoto


O Ministério Público (MP) está investigando se há omissão ou até mesmo conivência de guardas municipais e operadores de trânsito da Nitéroi Transporte e Trânsito (NitTrans) com a atuação de flanelinhas na Avenida Amaral Peixoto, no Centro.

No último dia 10, além de cinco guardadores irregulares, dois guardas municipais foram detidos por policiais do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP), da 2ª Central de Inquéritos de Niterói, e encaminhados para a 76ª DP (Centro), onde foram autuados por prevaricação - quando o funcionário público retarda ou deixa de praticar seu o ofício.

O promotor Rubem Vianna informou que encaminhará notificações tanto para a Secretaria municipal de Segurança Pública e Controle Urbano quanto para a NitTrans, solicitando que os respectivos órgãos tomem providências para coibir as irregularidades no local. Caso haja descumprimento do pedido do MP, os responsáveis pela secretaria e pela autarquia também podem ser indiciados por prevaricação.
- Além de atuarem de forma irregular na via, cobrando ilegalmente pelo serviço, esses guardadores não autorizados permitem que os veículos parem em fila dupla, deixando o trânsito caótico. Isso tudo acontece a poucos metros dos guardas municipais e agentes de trânsito - explica o promotor.

Uma semana após a operação do GAP - que já prendeu oito guardadores no local em duas semanas -, O GLOBO-Niterói flagrou pelo menos quatro flanelinhas atuando na esquina da Avenida Amaral Peixoto com a Rua Visconde de Sepetiba. Enquanto um deles auxiliava um motorista a sair de uma vaga, outro, com um radiotransmissor pendurado no pescoço, indicava o lugar a outros dois motoristas que aguardavam em fila dupla. Ao perceber que estava sendo fotografado, ele correu em direção a uma galeria.
- Quando os prendemos pela manhã, eles voltam para o mesmo local à tarde e continuam cobrando pelo serviço de estacionamento ilegal e provocando um caos no trânsito. É um serviço de "enxugar gelo" - comenta o subtenente José Augusto Lopes Filho, chefe do GAP, acrescentando que todos os flanelinhas são autuados por serviço ilegal da profissão.

A Secretaria de Segurança e Controle Urbano informa que instaurou procedimento para investigar a conduta de guardas municipais, e destaca que já realizou várias ações no local, com apoio policial, que culminaram com a prisão de vários flanelinhas.

Fonte: Yahoo

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